domingo, 26 de junho de 2011

Como eu percebo meu corpo durante minha prática musical

A minha prática musical por essência é muito corpórea pela técnica utilizada no canto: a utilização da respiração, do diafragma, dos músculos intercostais, o apoio dos músculos do abdômen, do esfíncter, além do controle fino da laringe e suas partes que exigem uma consciência corporal fina como a glote, a epiglote e a musculatura externa do pescoço, boca e língua que não podem estar tensas, mas precisam trabalhar. Ainda têm a utilização da audição e do cérebro.

Na respiração tenho que sentir a quantidade exata de ar e controlá-la através das necessidades de cada nota ou frase musical. Para o aumento da minha capacidade respiratória, o controle é feito pelo diafragma e músculos intercostais com seu relaxamento propiciando a ampliação do pulmão. O apoio dos músculos do abdômen transverso, reto e oblíquo interno, principalmente, são responsáveis pela saída do ar, através de seu tensionamento.

Através do esfíncter, uma utilização consciente da próstata como apoio, pode ocasionar um alongamento das notas muito superior e sem demonstrar que o ar está no término.

O controle da laringe é o crucial em todo esse processo da prática, pois é o que determina a beleza, a saúde e longevidade da minha voz. A laringe deve estar principalmente com a glote relaxada, propiciando uma fonação sem tensões desnecessárias, já a epiglote, juntamente com a úvula, devem estar elevadas aumentando o canal de passagem do ar dando volume, potência e massageando toda a laringe com o ar enquanto canto.

A musculatura externa do meu pescoço não deve ser tensionada, mas deve relaxar principalmente o esternocleidomastóideo e o trapézio, grande responsável pelo tensionamento da voz, a boca grande responsável pela articulação deve estar relaxada e disponível para mobilidades grandes ou pequenas, trazendo uma compreensão das palavras, com a mandíbula relaxada, língua deve estar fortificada, mas de maneira alguma dura, trazendo um grande trabalho dos músculos supra-hióideos.

A minha audição deve estar disponível e atenta à toda mudança, pensando em conjunto com o instrumento, ou à capela conectada comigo. O cérebro é o grande responsável por todo este processo e deve, além disso, estar atento ao ritmo e à afinação.

Além desta parte fisiológica minha prática exige que o corpo esteja em sintonia com o sentimento da música ou qualquer outro fator que o intérprete quer passar para o público.

Acredito que o corpo é utilizado por completo em minha prática musical e precisa estar em perfeito equilíbrio para que esta funcione de maneira competente e estética.

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