
Do dia 07 de Novembro até dia 28 de Novembro tivemos seminários de alguns colegas sobre diversos teoricos brasileiros, entre eles: Gramani, Osvaldo Lacerda, Grazi de Sá, Sá Pereira, Willems, Bohumil Med, Jurity de Souza Farias, Cacilda Borges Barbosa..
Vou colocar algumas coisas passadas por meus colegas sobre alguns deles:
Cacilda Borges Barbosa
Maestrina e compositora brasileira de música erudita e, no início de sua carreira, também de música popular. Aluna de composição de Antonio Francisco Braga na Escola Nacional de Música, Cacilda pertence à geração de autores que estenderam sua produção entre 1940 e início do século XXI.• Tendo integrado a equipe de músicos que integraram os projetos educacionais de Heitor Villa Lobos desde 1930, Cacilda chegou a dirigir o Serviço de Música do Rio de Janeiro, que havia Villa fundado, e foi a primeira Diretora do atual Instituto Villa Lobos do Estado do Rio de Janeiro. Na década de 1950 foi professora de Música de Câmera da Escola Nacional de Música e, até os anos 1990 lecionou Composição no Conservatório Brasileiro de Música, Ritmoplastia na Escola de Dança do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e deu aulas em muitas outras escolas de música de todo Brasil.
Sua obra inclui séries de Estudos Brasileiros para canto, para piano e acordeão, balés, peças orquestrais e música de câmara, assim como dezenas de fugas instrumentais. A coleção de dioramas, peças de cunho didático para piano, tem ampla divulgação. Provavelmente sua peça mais conhecida é o coral Procissão da Chuva, com letra de Wilson Rodrigues, que integra o repertório de grande número de conjuntos vocais brasileiros.
Ingressou em 1928 no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, e estudou teoria e solfejo com Lima Coutinho,harmonia com Lourenzo Fernandez,contraponto e fuga com Paulo Silva , composição com Francisco Braga , Piano com Paulino Chaves e regência com Francisco Mignone.curso de instrumentação com Ernest Widmer eestudou ainda calirritmia , califasia e livre criatividade Musical.
Sua Filosofia de trabalho
• A incorporação da brasilidade rítmica e melódica na Educação Musical sempre nos pareceu importante
• O aluno de Solfejo deve degustar os exercícios da mesma forma que saboreia coisas da terra com gosto nacional.
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• Mais do que tudo, procuramos evitar o estilo conservatório, insosso, estéril e grave que tivemos de sofrer nos bancos escolares.
• Se der para assobiar ,no fim das aulas, teremos alcançado nosso intento.(Do prefácio dos Estudos de Ritmo e som ,1ro ano .2da Edição Rio de Janeiro ,1982 )
Minha Música é o grito de guerra do Brasileiro
Procedimentos Didáticos
• Abordagem do Som
• - habituar o aluno à distância do intervalo de Quinta, através dos dois sons iniciais dó- sol
• (tônica e dominante), entoando sempre com nome da nota (solfejo absoluto )
• -É inserida a mediante dó-mi-sol.
• Chamar atenção para os dois tipos de terça : a Maior (dó-mi) e a menor (mi-sol).Aqui não se
• fala em intervalo ,mas em distância de sons.
• -É introduzida a supertônica e a subdominante ré e fá.
• É incluída a Superdominante (Tonica relativa)lá.
• É conhecida a sensível ,a nota si.
• Abordagem do Rítmo
Abordagem do Rítmo
• -Compreenção e vivência do que vem a ser unidade, pulsação .A (semínima ) é trabalhada
• como pulso.
• -Introdução do dobro e das metade das unidades(semínimas e duas colcheias )
• _Apresentação do grupo de (4 semicolcheias) divisão da unidade em 4 partes.
• _ O pulso mais metade (semínima pontuada e colcheia ) Compreensão do ponto de aumento.
Surgimento da Ligadura e da síncope, sem embasamento teórico
Osvaldo Lacerda
Nasceu em São Paulo em 23 de março 1927 e faleceu neste ano , 2011, em 18 de julho .Em 1982 casou-se com Eudóxia de Barros.
Estudou piano com Ana Veloso Rezende, Maria dos Anjos Oliveira Rocha , José Kliass e harmonia com Ernesto Kliass.
• Seu referencial composicional pautou-se nas técnicas e estilo de Camargo Guanieri ( Carta Aberta)
• Criou a Sociedade Pró –Música Brasileira
• Foi consultor na Comissão Nacional de Música Sacra
• Lecionou na Escola Municipal de Música de São Paulo
• Ocupou a cadeira de número 9 da Academia Brasileira de Música
Segundo ele Compos: “12 suites Brasilianas para piano, cada uma delas com 4 movimentos, onde procurei abranger e levar para um plano erudito de meia dificuldade técnica o máximo possível de obras do nosso folclore e da nossa música popular. Escrevi, portanto, 48 gêneros diferentes, e ainda restam alguns que podem ser levados ao plano erudito.
Metodologia baseada em suas obras :
- Leitura começa com a prática das notas da escala de Do maior, ou fragmentos dela, pronunciando os nomes e entoando
- Marcação de Compasso , marcação gestual e convencional dos compassos
- Evitar bater palmas ,pés ou em outro objeto no primeiro tempo
- Solfejo acompanhado de piano( se possível harmonizado ,tocando uma ou outra nota para verificar afinação)
- Por último solfejar sem ajuda do piano
-Canto por grau conjunto em compassos 4/4, 2/4, 3/4
- apresentação da figura da semibreve , mínima e semínima gradativamente até chegar as colcheias
- Ditado : 1a. Parte simples ( ditado rítmico) e a 2a. Parte (ditado melódico)
Bohumil Med
Nasceu na Tchecoslováquia, em 24 de setembro de 1939. Graduou-se pelo Conservatório de Música de Praga. Pós – graduado pela Academia das Artes de Janacek-Brno, Tchecoslováquia.
Foi primeira trompa em várias orquestras e conjuntos de música de câmera, na Tchecoslováquia.
De 1968 a 1974 foi trompista da Orquestra Sinfônica brasileira, no Rio de Janeiro e professor de trompa e de matérias teóricas no Instituto Villa lobos.
De 1974 até hoje ocupa o cargo de professor de trompa e matérias teóricas na Universidade de Brasília – UNB. É trompista do Quinteto de Sopros da UNB e da Orquestra do Teatro Nacional em Brasília, realizando turnês pela Europa, América do Norte e do Sul, além de participar como professor convidado nos mais importantes eventos – no Brasil e no exterior – para ministrar cursos e palestras.
seu livro: SOLFEJO
Solfejar significa cantar as notas escritas, é indispensável para o músico ouvir internamente o som da escrita musical, tanto para os cantores, instrumentistas, regentes e compositores.
“O Solfejo é a porta do pensamento musical consciente.”
Este é um livro prático e o pré-requisito é o domínio da teoria musical, principalmente intervalos e escalas.
Livro: RÍTMO.
Este livro tem como objetivo desenvolver o senso e a exatidão rítmica através de exercícios.
Os exercícios devem ser realizados através da contagem falada sempre em voz alta, para gradativamente se transformar em contagem mental.
Deve ser realizado no piano ou teclado, para garantir a duração exata do som, e não apenas o ataque, a execução deve ser dada em diferentes andamentos.
Livro: TEORIA DA MÚSICA
O autor revela grande preocupação com a questão histórica e com a atualidade.
Tem o objetivo de fornecer subsídios para o estudo da teoria musical.