segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

07 de novembro

Eu e a Jessica, fizemos um seminário sobre Jurity de Souza Farias.
Tive muita dificuldade de achar material, como a bibliografia dela, então tive que ir comprar um livro num sebo na Vila Mariana sobre ela!

Jurity de Souza Farias Retirado do livro “Nós, As Mulheres.” de Eli Maria Rocha
Nasceu dia 08 de junho de 1910 no Rio de Janeiro e faleceu na mesma cidade dia 2 de janeiro de 1980. Devido ter crescido em ambiente favorável à música, a facilidade de ter ouvido absoluto e ter como mãe a pianista Augusta de Souza França, começou a estudar piano muito cedo com ela.
Em 1921 ingressou no antigo Instituto Nacional de Música(que depois mudou de nome para Escola de Música), foi impedida de se formar, por ser portadora de um defeito em seu polegar direito.Diplomou-se então pelo Conservatório Brasileiro de Música e também pelo Conservatório Brasileiro de Niterói.Se especializou na Pós-Graduação em Folclore Brasileiro

Em 1940 fundou o Conservatório de Música Bonsucesso recebendo muitas críticas pelo arrojado empreendimento, de levar uma escola de música para um subúrbio do Rio de Janeiro. Mas fez com que o estabelecimento fosse um sucesso. Em 1948 – Seu conservatório de Música foi considerado de utilidade pública e passou a ser o primeiro estabelecimento de ensino da Zona Leopoldinense a possuir nível de Graduação.

Além de dirigir o conservatório, procurava incessantemente novos métodos, assim empregando várias inovações no ensino musical. Foi no Brasil, talvez, uma das primeiras a falar de piano em grupo. Foi presidente da Academia Cultural e Artística de Teresópolis, colaborando com o Pró-Arte.

Obras:

-Curso Pré-Teórico

descrição: "Programa-apontamentos de teoria com exercícios, elementos de caligrafia musical e 50 solfejos."

-Teoria Musical

-Coletânea de Solfejos

-Aprender Solfejo Construindo Frases

• “Era idealista, mestra incansável, líder, foi para a arte e o ensino musical, uma verdadeira missionária em difundir seu conceito do que acreditava que deveria ser o legítimo professor de música. “
Jurity de Souza Farias Versus Aprender Solfejo Construindo Frases Retirado do livro “Pedagogia Musical Brasileira do Século XX” de Ermelinda A. Paz

Ela apresenta algumas sugestões para o ensino da teoria musical utilizando-se de processos MNEMÔNICOS, pois acredita que facilitam o ato de decorar. Jurity, em sua tese, aplicou os processos minemônicos “especialmente, nos pontos de escala cromática Menor e Maior e nos tons vizinhos e afastados.” Esta tese teve sua maior contribuição na abordagem do SOLFEJO.
PONTOS BÁSICOS DE SEU ESTUDO:
-Descartar definições teóricas
-Permitir com que a criança conheça primeiramente o significado e as utilizações dos signos musicais para, depois, fazer suas denominações.
-A criança deve cantar desde o início, partindo de pequenas frases fáceis, inicialmente utilizando texto para depois cantar o nome das notas.
-A criança deve cantar marcando as sílabas com pé ou mão, para assim desenvolver a noção de unidade de tempo e compasso
-A criança notará que algumas sílabas são mais fortes que outras, e que existe uma regularidade nas mais fortes (de duas em duas, de três em três, de quatro em quatro)
-Depois ela verificará que existe uma linha que atravessa a pauta antes da sílaba forte (a barra de compasso que tem como finalidade separar os compassos)
-A criança notará que no fim da frase existem duas barras de compasso que indicam o fim do trecho musical.
(Acredito que nesta fase também nota-se a barra de repetição e a Casa 1 e Casa 2)
-Mais á frente a criança aprenderá que o compasso formado por duas unidades de duração (tempo) se denomina binário, por três, ternário, por quatro, quaternário. Irá aprender também a maneira com que eles são representados.
-A aprendizagem surge de uma análise sedimentada de todo o material utilizado para o canto (solfejo)
-”Após as primeiras noções de solfejo e elementos de teoria, o ditado musical é introduzido.”
-”O aluno não grafa o que ouve, apenas reconhece e aponta o que foi tocado dentre as frases por ele já conhecidas.”
-”Depois dessa fase, passará a escrever frases curtas, no caderno e no quadro de giz.”
-A melodia se inicia com o texto, mais tarde coloca-se o nome das notas. Imagens e gravuras são recursos utilizados por Jurity.


-Deve iniciar com melodias de fácil assimilação, do DO ao SOL, notas do acorde da tônica de Do Maior, depois saltos de Quinta e repetição de sons.

Cada fase deve acompanhar músicas infantis e exercícios com sinais ou palavras que representem intensidade (<, >, f, p, mf.) e movimento (rall...)
Sequência proposta por ela:

-Só depois do domínio total desses elementos passa-se a utilizar valores de menor duração.
-Utiliza temas populares
-A criança é estimulada a compor frases e elaborar os próprios exercícios de entoação.
-Na aula há espaço para brinquedos e jogos, para conhecer curiosidades sobre grandes compositores e para a apreciação crítica.
-A maior contribuição de Jurity foi seu método “Aprendendo Solfejo construindo frases”
Apresentado no Congresso Brasileiro de Arte de 1958.
-”O método subentende algumas regras e convenções, como em qualquer jogo recreativo.”
-”Cantar uma escala com a harmonização adequada já desperta bastante interesse pela afinação das notas.”
-pra começar a construir frases eles devem primeiramente conhecer elementos básicos da grafia musical e entoem a escala de Do Maior.
-Todos os exercícios são acompanhados ao piano e no início utiliza-se a semibreve.
-Ela defende que a tonalidade de Do Maior deve ser trabalhada o máximo de tempo possível para os alunos acertarem em outros tons, principalmente os que não tem ouvido absoluto.
REGRAS PARA A CONSTRU^ÇÃO DE FRASES:
-A partir daí as criações vão se aprimorando, começam a usar salto da tônica para a dominante, insere-se compassos ternários e quaternários, o ponto de aumento, acrescentam-se as notas LA, SI e DO, em graus conjuntos, saltos sobre as notas do acorde da tônica, etc
-Neste trabalho as crianças estudam seus próprios solfejos e tocam entre sí.

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